De Autocaravana, tenho vindo a viajar ''cá dentro'' e pela Europa... para lá do Círculo Polar Àrtico - até ao Cabo Norte, onde vivenciei o ''Sol da Meia-Noite''.
Viajei em Autocaravana pelo Norte de Àfrica... (mais de uma vez), muito para lá do Trópico de Cancer... até à Guiné-Bissau.
Fui também por estrada à Àsia - Turquia e Capadócia, sendo que no regresso fiz a Croácia e dei um saltinho a Mostar e Saraevo na Bósnia-Herzegovina.
Sem pretensiosismo literário ou outros, apenas pela PARTILHA, dessas e outras viagens vou dando conta neste espaço.

Países visitados em Autocaravana: - EUROPA: ESPANHA – ANDORRA -FRANÇA-ITÁLIA-MÓNACO- REINO UNIDO - IRLANDA -HUNGRIA-REP.CHECA-SUÉCIA-ESLOVÉNIA - ESLOVÁQUIA- POLÓNIA-AUSTRIA-SUIÇA-ALEMANHA-BÉLGICA-HOLANDA-DINAMARCA-NORUEGA-FINLÂNDIA-ESTÓNIA-LETÓNIA-LITUÂNIA-BULGARIA - BÓSNIA HERZGOVINA- ROMÉNIA -GRÉCIA – CROÁCIA – LIENCHSTEIN – LUXEMBURGO – S.MARINO - VATICANO ÀSIA : -TURQUIA-CAPADÓCIA ÀFRICA: GUINÉ-BISSAU – CASAMANÇA – GÂMBIA – SENEGAL – MAURITÂNIA – SAHARA - MARROCOS

Outras viagens:RÚSSIA (Moscovo e S. Petesburgo) -AMÉRICA do NORTE:CANADÁ (Quebec-Ontário-Montreal-Otawa-Niagara falls) - EUA(Boston-Nova Iorque-Cap Kenedy-Orlando - Miami)AMÉRICA CENTRAL:CUBA (Havana - S. Tiago de Cuba - Trinidad - Cienfuegos - Varadero)- ÀSIA :CHINA (Macau-Hong Kong) - VIETNAM(Hanói-Danang-Ho Chi Min) - África - -Angola - São Tomé e Príncipe (S. Tomé +Ilha Príncipe + Ilhéu das Rolas) - Ilhas - Madeira + Porto Santo + Açores (S.Miguel+Terceira+Pico)

domingo, novembro 02, 2014

Pequena incursão na Galiza

31.out.14 - 6ª. feira
BRAGA
Hoje gostaria de ser poeta ou escritor.
Existem afetos que nos travam o pensamento e não nos deixam passar para o teclado palavras que se interliguem entre si de forma a transmitir emoções vividas e o estado de alma em que se fica.
Óbviamente que não sendo insensível aos maus tratos e abusos infligidos a milhões de crianças no mundo e ainda a todas aquelas que vivem em pobreza extrema ou nos horrores das guerras que grassam pelo planeta, abomino de igual modo os maus tratos que muitos humanos cobardemente infligem aos animais já que estes não sendo seres humanos , são seres vivos que mesmo não falando a nossa linguagem, sentem e sofrem.
a chegada à Clínica a visita do 'Sebastião' (gato residente)

Nos últimos dias tinha notado que algo de anormal se passava com o meu 'rafeiro' TIKO - um gatito que alguém abandonou há 12 anos à porta da Clinica Veterinária de Prado e me foi entregue pelo meu filho sendo que aos poucos me fui adaptando e habituando às suas tropelias recebendo em simultâneo o seu 'ronronar' de reconhecimento pelos afetos recíprocos.
Já fazia parte do meu quotidiano nas permanências caseiras sendo que nas minhas ausências me ia aguardando pachorrentamente sem pestanejar.
Decidi 6ª. feira levá-lo à minha nora - Clínica Veterinária de Braga.
Calmamente deixou que lhe fosse colocada a 'coleira', e feita colheita sanguínea para análise.

Deixei-o sem pensar da gravidade do diagnóstico mesmo se a minha nora me fez ler no seu olhar que algo de mau estaria para chegar.
Sábado pela manhã estive a afagar o focinhito do meu companheiro de uma dúzia de anos e então vi o seu olhar de tristeza.
Não me contive - as lágrimas correram-me pelo rosto.
Tanto a minha nora como o meu filho, ambos médicos-veterinários me fizeram compreender que ainda que eu pudesse diariamente aplicar-lhe duas injeções de insulina diárias... a saúde do bichano iria paulatinamente agravar-se e a dor seria sempre mais forte para os dois e que sendo eles por princípio contra a aplicação de algo que lhe ponha fim à vida... foi isso que me recomendaram, por isso parti por uns dias para minorar a grande tristeza que me assola.
Dia 1.nov14 - sábado
BRAGA - Ponte de Lima - Viana do Castelo - VILA PRAIA DE ÂNCORA
Os parceiros habituais de viagem rumaram cedo para Viana do Castelo.
O dia convidava a procurar novas terras pois sendo outono o sol brindou-nos com o seu esplendor todo o dia.
Chegado à Praia Nova a meio da tarde desafiei os meus parceiros a avançar um pouco mais em direção a Norte.
AS para AC de Vila Praia de Âncora
A localidade escolhida foi Vila Praia de Âncora que sabíamos ter deixado de perseguir os Autocaravanistas e até criou uma AS para AC num espaço da Central de Camionagem.
AS para AC de Vila Praia d'Ancora
Como fica na parte interior da Vila, percorremos a marginal até que na zona da marina avistamos um _P_ agradável junto ao mar e lá estacionamos para pernoita,
AS para AC de Âncora
Dali o sempre agradável passeio pedestre pela localidade.
O arranjo urbanístico junto ao mar reabilitou toda aquela zona tornando-a simpática e acolhedora pois inclusivé foi criada uma ecovia que ainda mais valorizou a terra.
Vila Praia de Âncora





Vila Praia de Ancora  - O nosso bairro

a praça central




um final de dia maravilhoso

o _P_ adotado pelos AC - apenas com o ruído do ribombar das ondas
a praia fica mais adiante
Percorridos: 82 Km
_P_ Gps   N 41º 49’ 01.5’’  W 8º 52’ 12.5’’ –  Wifi (Zon/NOS) + TDT
Dia 2.nov.14 – domingo
V.P.Âncora – V.N. Cerveira – Caminha – Valença – Tui (Esp) – Salvaterra de Miño – As Neves – RIBADAVIA
O céu enegreceu... 
Mesmo se a manhã surgiu escapatória, ao sairmos surgiram mais a norte ‘relâmpagos’ e o céu ficou escuro e ao chegarmos a Cerveira à AS para reabastecimento, a chuva foi dando sinal e daí em diante  ia caindo com mais abundância.
AS de VN Cerveira
Por estas bandas os 'crentes' vão sumindo...

Cerveira
A ponte de Cerveira para Espanha
até Caminha a chuva caíu abundantemente
Em Tui paragem na Estação de Serviço para troca de 2 botijas de propano que me custou € 15,00/cada bem menos que os € 27,50 pagos em Lagos no mês de setembro.
Entrada em Tui pela 'ponte Eifell'
A caminho do destino previamente gizado, pequena paragem nas margens do Minho em Salvaterra de Miño onde um enorme parque verde não fora a tarde chuvosa convidaria a ali ficar e caminhar no seu interior.
As Neves
Rumamos para aquele que pensamos ser o destino do dia, a pequena localidade de As Neves já que possui uma AS para AC. Era ainda cedo para ficarmos pelo que uma breve visita à pequena localidade sede de concelho levou-nos a mudar de rumo em direcção a Ourense tendo sido escolhida a localidade de Ribadavia para pernoita.
Câmara de As Neves
Em Das Neves avista-se Portugal
As Neves é um município raiano na província de Pontevedra, na Galiza, com uma população de  cerca de 5.000 habitantes.
AS para AC em Das Neves

Não foi nada fácil encontrar local plano para estacionar dado que a localidade tem ruas de declive e o estacionamento não abunda.
Sendo já noite essa tarefa não foi nada fácil, contudo já no final das voltas e reviravoltas surgiu um local sossegado junto ao rio onde as pequenas quedas do rio nos davam uma melodia constante de fundo.
Parcorridos: 218 Km ( Dia 136 Km )
Gps N 42º 17’ 40.7’’ W 8º 08’ 24.4’’
Dia 3.nov.14 - 2ª. feira
RIBADAVIA - OURENSE
A meio da manhã a chuva caia não muito forte. Os meus amigos recusaram-se a sair da ‘toca’.  
a noite foi passada com o ruído crepitante das quedas...
O que nos rodeava durante a noite
Percorri a cidade com chuva. Os monumentos estavam encerrados e o Posto de Turismo também. Uma localidade para revisitar com bom tempo.
Ribadavia é um município da Espanha na província de Ourense, comunidade autónoma da Galiza, de área 25,1 km² com população de 5390 habitantes (2007) 
A vila estava originalmente situada na margem esquerda do rio Avia, transladando-se posteriormente para a margem direita e, na Idade Média, já surge referida como Rippa Avie, acepção de origem romana.

Foi durante a Idade Média que a cidade atingiu o seu máximo esplendor, chegando mesmo a tornar-se a capital do Reino da Galiza (1064-1071) e algures neste longo período da história inicia-se o cultivo da vinha, possivelmente potenciado pela Ordem de Cister.

Mais tarde, em 1164, torna-se vila realenga, condição que duraria até 1375, altura em que passa a ser senhorio do Conde de Ribadavia.
Conserva parte da muralha medieval, fechada em 1157, as ruínas do castelo dos Condes de Ribadavia, e possui uma das mais bem conservadas judiarias de Espanha, com a sua própria sinagoga.

A cidade foi declarada Monumento Histórico Artístico em 1947.

o que resta do castelo


A Praça Maior
Paços do Concelho de Ribadavia

Um 'coche' na via pedonal?...
 No final da manhã ainda fui a uma Estação de Serviço da Galp para trocar com sucesso uma ‘bombona’ de gas da Galp de PT por uma de Espanha o que me dará uma autonomia notável para futuras viagens dado que as torneiras em Espanha são multimarcas e a permuta de igual modo.
Ribadavia
Prossegui ao encontro dos meus amigos que já me aguardavam no local ribeirinho próximo da piscina de águas quentes no Rio Minho.
Ourense
já a deambular pelas margens do Minho

O nosso bairro em Ourense junto ao Minho
as águas férreas de Ourense... junto ao Minho




As piscinas públicas de água termal
Após o almoço, a caminhada de pouco mais de 2 km sob copiosa chuva até ao Centro Comercial onde no MacDonald’s acedi á net.
A 'nova ponte'
A ponte Romana
Segundo a tradição a ponte teria sido construída durante o reinado do imperador romano Trajano, mas na realidade foi no reinado de Augusto, no século I d.C. Apenas a parte inferior dos pilares (algumas pedras das bases segundo algumas fontes) é da ponte original romana. A ponte fazia parte de um ramal da estrada romana Via XVIII (também chamada Geira ou Via Nova) do Itinerário de Antonino. Foi restaurada em mais do que uma ocasião ao longo da história e o seu aspeto atual é em grande parte o resultado das obras do século XVII.
A primeira menção escrita à ponte é de 1119 — no testamento de Urraca I de Leão são mencionadas as obras de restauro da ponte. A situação estratégica da ponte como nó de comunicações no centro da então província da Galécia contribuiu muito para o desenvolvimento de Ourense nos séculos seguintes à sua construção. No século XII o arco principal da ponte cedeu, o que originou uma série interminável de reparações e derrubamentos que só ficaram concluídos no século XVII. As obras finais desse século foram dirigidas por Melchor de Velasco Agüero e deram à ponte o seu aspeto atual, marcadamente medieval apesar de se manterem alguns elementos romanos originais como alguns dos arcos.
Em meados do século XIX, aquando da abertura da estrada Villacastín-Vigo, foi demolida a torre existente na ponte, que figura no escudo de Ourense. A ponte foi declarada monumento histórico por decreto da Jefatura del Estado de 6 de abril de 1961. Atualmente, após ter sido fechada ao tráfego motorizado em 1989, é um dos três símbolos principais da cidade, juntamente com As Burgas e com a Catedral de São Martinho.
Já com alguma acalmia meteorológica percorremos o ‘casco histórico’ visitando a Catedral fundada em 572 e reconstruida nos séc. XXII-XIII com um vasto retábulo dourado obr de Cornelis de Holanda.  e ao pé o harmonioso claustro de São Francisco do séc. XIV. 

a água saía das tampas de saneamento tal a quantidade de precipitação
Um 'monumento' algo bizarro
Para lá chegarmos e no regresso optamos por passar a ponte romana que com os seus sete arcos atravessa o Minho.

Regressados ainda apreciamos a coragem de alguns locais que se banhavam na piscina aquecida/natural do Rio Minho. 




Percorridos: 251 Km ( Dia 33 Km )
_P_ N 42º 21’ 04.8’’  W  7ºn 52’ 55.7’’
Dia 4,nov,14 - 3ª. feira
OURENSE – MARGENS Rio Sil – OURENSE










Percorridos: 294 Km ( Dia 43 Km )
Dia 5.nov.14 – 4ª. feira
OURENSE – CARBALLINO – PONTEVEDRA – COMBARRO




















Visita a Pontevedra
AS de Pontevedra - Útil mas modesta.
AS AC em Pontevedra - N 42º 25' 20.4''  W  8º 39' 20.4''
Pontevedra





passagem de peões em Ponte Vedra


Ourense
Combarro
Combarro

Combarro


O nosso 'poiso' 
































AS para AC N 42º 25’ 23.0’’ – W 8º 39’ 24.4’’ – Percorridos 400 Km
Marina de Combarro – N 42º 25’ 41.3’’ – W 8º 42’ 84.7’’
Percorridos: 408 Km ( Dia 114 Km )
Dia 6.nov.14 – 5ª. feira
COMBARRO - VN CERVEIRA - PONTE DE LIMA - BRAGA
Com as previsões meteorológicas a anunciarem a continuação de mau tempo, a decisão do regresso foi precipitada.
Haveremos de voltar concerteza já que a Galiza aqui tão perto tem um manancial de locais interessantes a conhecer.
Percorridos: 585 Km ( Dia 177 Km )

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Resende
Compreendo a dor pelo desaparecimento do seu «Niko». Afeiçoamo-nos aos animais que acolhemos e quando chega a hora de partirem ficaos com o coração a sangrar. Compreendo bem porque também um dia tive que enfrentar a morte da «micha», uma cadela que, apesar de ter passado mais de dez anos, ainda é lembrada com carinho por mim. Não foi por acaso que baptizei a autocaravana de «micha», porque a cadelinha foi muito importante na nossa vida.
De quando em vez, lá perdemos os nossos afectos mais chegados. Mas a vida é mesmo assim...
Boa viagem

david estrela disse...

olá antónio !
lamento sinceramente que estejas a sofrer com a morte do teu gato , infelizmente sei o que isso é pois já perdi 5 cães ao longo dos anos e ....custa muito !
os passeios frequentes que dás vão aliviar a tua dor.
um abraço
david+marilia