De Autocaravana, tenho vindo a viajar ''cá dentro'' e pela Europa... para lá do Círculo Polar Àrtico - até ao Cabo Norte, onde vivenciei o ''Sol da Meia-Noite''.
Viajei em Autocaravana pelo Norte de Àfrica... (mais de uma vez), muito para lá do Trópico de Cancer... até à Guiné-Bissau.
Fui também por estrada à Àsia - Turquia e Capadócia, sendo que no regresso fiz a Croácia e dei um saltinho a Mostar e Saraevo na Bósnia-Herzegovina.
Sem pretensiosismo literário ou outros, apenas pela PARTILHA, dessas e outras viagens vou dando conta neste espaço.

Países visitados em Autocaravana: - EUROPA: ESPANHA – ANDORRA -FRANÇA-ITÁLIA-MÓNACO- REINO UNIDO - IRLANDA -HUNGRIA-REP.CHECA-SUÉCIA-ESLOVÉNIA - ESLOVÁQUIA- POLÓNIA-AUSTRIA-SUIÇA-ALEMANHA-BÉLGICA-HOLANDA-DINAMARCA-NORUEGA-FINLÂNDIA-ESTÓNIA-LETÓNIA-LITUÂNIA-BULGARIA - BÓSNIA HERZGOVINA- ROMÉNIA -GRÉCIA – CROÁCIA – LIENCHSTEIN – LUXEMBURGO – S.MARINO - VATICANO ÀSIA : -TURQUIA-CAPADÓCIA ÀFRICA: GUINÉ-BISSAU – CASAMANÇA – GÂMBIA – SENEGAL – MAURITÂNIA – SAHARA - MARROCOS

Outras viagens:RÚSSIA (Moscovo e S. Petesburgo) -AMÉRICA do NORTE:CANADÁ (Quebec-Ontário-Montreal-Otawa-Niagara falls) - EUA(Boston-Nova Iorque-Cap Kenedy-Orlando - Miami)AMÉRICA CENTRAL:CUBA (Havana - S. Tiago de Cuba - Trinidad - Cienfuegos - Varadero)- ÀSIA :CHINA (Macau-Hong Kong) - VIETNAM(Hanói-Danang-Ho Chi Min) - África - -Angola - São Tomé e Príncipe (S. Tomé +Ilha Príncipe + Ilhéu das Rolas) - Ilhas - Madeira + Porto Santo + Açores (S.Miguel+Terceira+Pico)

domingo, outubro 11, 2015

Vindimas no Douro Vinhateiro - IV

Dia 6 de viagem - 24set15 - 5ª. feira
TABUAÇO - PENEDONO - MÊDA
Penedono - Pelourinho e Castelo
Barragem próximo de Fontarcada
Com a vindima terminada, haveríamos de aproveitar para fazer pequena viagem de regresso pela beleza desta região.

O percurso do dia

Não foi nada fácil o percurso até Penedono. Muitas encruzilhadas de pequenas estradas locais. 
O castelo de Penedono
Finalmente a visita a Penedono e ao seu Castelo.
A primitiva fortificação de Penedono só é referida por volta do ano 930, quando, no âmbito da reconquista cristã da Península Ibérica, esta região foi pela primeira vez reconquistada aos muçulmanos, pelo rei de Leão.
Um pelourinho de rara beleza

Um bar da terra
Matriz de Penedono
3 em 1 - santíssima trindade!
Todavia, os vestígios de ocupação pré-histórica nesta zona, tornam possível admitir que uma fortificação possa ter existido, mesmo antes da ocupação romana da península.


 Foi o rei de Leão, Fernando Magno, que em 1064, conquistou definitivamente este castelo aos muçulmanos, passando mais tarde a fazer parte do território do Condado Portucalense.
janela para a Vila
Nunca tinha ''ido dentro''... foi desta!
 Depois da independência portuguesa, Penedono mereceu a atenção de diversos reis, dado a sua colocação estratégica, com, por exemplo, D. Dinis, em finais do século XIII, a mandar reforçar as suas defesas.
Olhar sobre o casario de Penedono
Perspetiva interior do castelo de Penedono
O actual aspecto, romântico, deste castelo, acredita-se que remonte a finais do século XIV, quando o rei D. Fernando, doou esta terras a um nobre de nome, Vasco Fernandes Coutinho, que fez dele a residência da família e nesse sentido foi utilizado até finais do século XV.
A Emília no equilibrismo
Ora pois...
Abandonado e chegando mesmo a ser proposta a sua demolição, foi defendido por um grupo de cidadãos, a que chamaram « Homens Bons », e já no século XX, foi classificado como Monumento Nacional, vindo a beneficiar de obras de consolidação e restauro, da responsabilidade da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

A Avenida principal e as autocaravanas

Penedono ainda é Portugal

Efetuada a visita à pequena mas agradável Vila de Penedono, prosseguimos numa vintena de Km's em direção a nascente, até à vizinha Mêda.

Matriz de Mêda
Mêda é uma cidade portuguesa, com cerca de 2 100 habitantes, pertencente ao Distrito da Guarda, região Centro e sub-região da Beira Interior Norte.
É sede de um município com 5 202 habitantes (2011), subdividido em 11 freguesias. O município é limitado a norte e nordeste por Vila Nova de Foz Côa, a sudeste por Pinhel, a sul por Trancoso e a oeste por Penedono.
Torre do relógio (dos relógios), ambos avariados
O município de Mêda fazia parte da antiga região Beira Alta, actualmente faz parte da Região Centro de Portugal.
O município caracteriza-se por se localizar numa zona de transição entre as regiões naturais do Alto Douro e do Planalto Beirão.
Sobre a história das Terras de Mêda
Vista parcial do alto da torre do relógio
Pinturas rupestres e outros achados mostram que a região terá sido povoada a partir de finais do Paleolítico, havendo vestígios dolménicos em Aveloso, Longroiva, Prova e Ranhados, sendo o documento pré-histórico mais importante a estátua-menir de Longroiva, confirmando a ancestralidade das Terras de Mêda. Dos povos da época castreja que viveram nas imediações desta vila salientam-se os Aravos, na zona de Marialva, os Longobritas, em Longroiva, e os Meidubrigenses, na Meda.
Os Romanos foram aqueles que mais exerceram aqui o fenómeno de aculturação. As calçadas, as pontes, as placas tumulares, os marcos milenários, as moedas, as aras votivas, as villae e os vicus e as civitas por eles construídas testemunham bem o seu esforço de nos romanizar, testemunhos da ligação com Roma, especialmente nas épocas dos césares Trajano e Hadriano. Seguiram-se os povos «Bárbaros», os Suevos e Visigodos. Os Árabes, também aqui se fixaram até 1065, data em que Fernando Magno, Rei de Leão e Castela, conquistou a região. A actual vila de Mêda desenvolveu-se com a reconquista cristã do território e o estabelecimento, nos começos do séc. XII, de um eremitério beneditino situado no local da igreja Matriz, perto do Morro do Castelo.

Durante a Idade Média, a Meda era um povoado de dimensão reduzida, contrastando com as vilas vizinhas que hoje integram este concelho: Marialva, Ranhados, Longroiva e Casteição. Esta vila era um cenóbio beneditino, situado no sopé de um morro granítico que assinalava a presença cristã e o direito ao celeiro. Na reconquista cristã das Terras de Mêda, protagonizada por Fernando Magno em 1063, foram preciosos auxiliares os castelos do concelho da Mêda. Os pelourinhos e forais velhos e quinhentistas simbolizam a autonomia municipal e testemunham as alterações administrativas, o rei D. Manuel I outorgou o foral à vila de Mêda em 1519.
O concelho na sua actual configuração tem cerca de 154 anos, foi reconstruído após a reforma do liberalismo. A criação do município é, assim, anterior ao séc. XVI. Constituído inicialmente por uma única freguesia, o concelho foi beneficiado por decretos sucessivos que nele integraram as freguesias actuais, sendo as mais populosas Mêda, Barreira, Rabaçal, Marialva, Coriscada e Aveloso. Todavia, já em 1872, Meda apresentava-se como cabeça de Câmara, com efeitos administrativos, fiscais, judiciais e eclesiásticos, e a sua posição sai reforçada com a decisão judicial de Barjona de Freitas.
Actualmente, o feriado municipal da Mêda ocorre em 11 de Novembro (dia de S. Martinho) desde 1974, tendo em atenção a importância de que se reveste a vinicultura para todo o concelho.
Geografia
Localização e Situação Geográfica
O Concelho inclui parte do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Mêda fica em Terras de Riba-Côa e dista cerca de 20 km de Pinhel, Vila Nova de Foz Côa e Trancoso, 16 km de Penedono, 55 km da Guarda, 80 km de Viseu, 170 km do Porto e 360 km de Lisboa .
O Concelho é delimitado pelo Concelho de Vila Nova de Foz Côa ao Norte, a nascente ainda Vila Nova de Foz Côa e o de Pinhel, a Oeste, o Concelho de Penedono e a Sul o Concelho de Trancoso.
Mesmo se já havia visitado Mêda, será a primeira vez que resolvemos pernoitar no recente e bem equipado Parque de Campismo Municipal.
zona de lazer do Camping de Mêda
A Emília e Artur tiram partido do espaço
Instalações e infraestruturas perfeitas.
Chegou mais uma AC... 3 no total!
Não faltam apoios para uns grelhados
A piscina... encerrou há dias... Incluída no preço do Camping
Dia 7 de viagem - 25set15 - 6ª. feira
MÊDA - MARIALVA - Freixo Numão - S. João da Pesqueira - PESO DA RÉGUA

Foi-nos dito que poderíamos 'lavar' a AC... Assim o fizemos!
 Ainda pensamos sair da parte da manhã. Acontece que haveríamos de fruir o espaço e partir após o almoço.
Vários Pontos de luz 
Vários estendais de roupa...
Vários pontos de descarga da K7
Despedimo-nos de Mêda e percorremos a meia dúzia de Kms até à vizinha MARIALVA.

Pelourinho de marialva
Chegada à Aldeia Histórica de Marialva
Marialva é uma das 12 Aldeias das Histórias de Portugal e situa-se a poucos minutos da cidade de Mêda. Esta aldeia, uma das relíquias vivas da nossa ancestralidade, transporta-nos às raízes mais profundas da nossa história.
Povoada pelos Aravos, povo lusitano, foi posteriormente conquistada pelos romanos, a que se seguiram os árabes, até à vitória final de D. Fernando Magno, em 1063. Em 1179 recebe a carta de foral de D. Afonso Henriques, tendo mantido uma actividade intensa- graças às feiras que aí se realizavam - até finais do séc. XVIII. No ano de 1200 o castelo é mandado reconstruir e restaurar por D. Sancho I tendo sido posteriormente ampliado por ordem do rei D. Dinis.
 Ao entrar em Marialva, fica-nos a sensação que entramos num cenário histórico, as ruas, ladeadas por edifícios resistentes ao tempo, conduzem-nos à cidadela cercada pelas muralhada em cujas ruínas perdemos a noção do tempo. No interior das muralhas, destacam-se a Praça, solenemente assinalada pelo Pelourinho e pelo edifício da antiga Casa da Câmara, também tribunal e cadeia (séc. XVII); alguns metros mais à frente a torre de menagem e a Igreja de Santiago com o seu magnífico tecto pintado e a Capela da Misericórdia, apreciada pelo retábulo em talha, são verdadeiros tesouros construídos dentro do recinto muralhado.

A população que habita nas edificações fora das muralhas tem no rosto o olhar hospitaleiro das gentes beirãs, rubricados pela autenticidade das rugas do rosto. Marialva é uma das dezasseis aldeias e freguesias do concelho de Mêda cujos vestígios monumentais guardam a memória de um passado histórico muito importante.

Marialva é sem dúvida um local a não perder e que recomendamos conhecer. Visitar Marialva é percorrer as nossas origens mais profundas, é sentir o tempo parar à nossa volta, e sentir saudade ainda antes de partir.

 Um registo negativo.
Ao questionarmos no edifício do Turismo (à entrada do castelo), se ainda não se podia visitar o interior da capela, a resposta foi negativa.
Já em visita anterior tal informação me havia sido dada.
Pelo que sabemos, trata-se de 'guerrinha' entre a Autarquia e a Diocese... o Estado financia os restauros da capela, mas os senhores abades fecham-na a sete chaves.
Lamentável.


Uma das igrejas da terra

Turismo de Habitação
Várias casas transformadas em pequenos hotéis 


 Prosseguir viagem com passagem à ilharga de Freixo de Numão até São João da Pesqueira onde não paramos.
 Optamos antes por pequenas paragens ao longo das magníficas em direção à Régua.

estrada sobranceira ao Rio Douro
Com os apoios Comunitários, novas vinhas surgem nas encostas
Sinto-me sempre siderado com tanta beleza
Uma imagem magífica do Pinhão lá ao fundo
Vinhedos mil
Pinhão ao fundo


A caminho do Peso da Régua
 Repetimos uma vez mais a visita ao Peso da Régua.
Pernoitamos na 'extensão' da AS para AC que mesmo em fase de conclusão nos fez confusão não entender a 'anormal' inclinação da mesma...
Todos os cuidados são poucos, para não colidir à frente... ou 'raspar' no piso na retaguarda... Não se pode ter tudo? Que pêna.
Lotação esgotada

 Mais um dia que termina com bom tempo mesmo se as temperaturas a cair.
O 'Ocaso'
Dia 8 de viagem - 26set15 - sábado
PESO DA RÉGUA - Taipas - BRAGA - Vila Verde - VILA DO CONDE
A meteorologia convidaria a continuar a explorar a zona.
Haveria de regressar para trazer a companhia de outras viagens o que me levou a passar em Vila Verde e daí prosseguir até ao mar.
Pela manhã, uma Régua calma e serena
O movimento notado é no Rio
Os turistas dão vida à terra
Feitas as despedidas ao Douro, o regresso.
Passagem na Vila das Taipas para conhecer a recente AS para AC no Intermarché.
AS para AC na Vila das Taipas ( Intermaché )
Uma adaptação positiva
A cerca de 20 km do mar, um forte névoa acizentou os céus. Nem dava para acreditar.
Dia 9 de viagem - 27set15 - domingo
VILA DO CONDE -  BRAGA




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